A assustadora história da dark web -

Nas profundezas mais escuras da internet, existe um mundo onde as leis e a ética não têm significado. Enquanto sociedades secretas e transações ilícitas se desenrolam pelo planeta, a dark web é o lugar onde todas essas atividades ilegais (e, às vezes, legais) acontecem.

Explorar a dark web é como entrar em um território desconhecido, onde tanto a possibilidade de anonimato e liberdade de expressão quanto os perigos das atividades criminosas e das ameaças cibernéticas estão presentes. 

Mas de onde surgiu a dark web? E o que, exatamente, pode ser encontrado lá dentro? Continue clicando nesta galeria para descobrir todas as respostas.

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O que é -

A dark web é uma parte da internet que não pode ser encontrada em nenhum motor de busca tradicional. É uma área muito privada da World Wide Web que requer software específico e autorização para acessar, tudo com o objetivo de manter seus usuários anônimos.

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Mitos e realidade -

A dark web é frequentemente sensacionalizada pela mídia e pela cultura pop, o que leva a uma mistura de mitos e verdades. Embora abrigue atividades ilegais, a dark web também oferece um refúgio para aqueles que precisam de privacidade e liberdade de expressão em ambientes repressivos.

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Segurança -

Navegar na dark web apresenta riscos significativos de segurança, como a exposição a malware, que são softwares maliciosos projetados para danificar ou roubar dados do seu dispositivo, e golpes de phishing, que tentam enganar os usuários para que revelem informações pessoais. Além disso, há o risco de vigilância das autoridades. Recomenda-se que os usuários tenham extrema cautela e utilizem fortes medidas de segurança.

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ARPANET -

As origens da dark web podem ser rastreadas até a década de 1960, quando a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada (ARPA), do Departamento de Defesa dos EUA, criou sua própria rede experimental, chamada ARPANET. O objetivo era conectar computadores governamentais em todo o país por meio de linhas telefônicas.

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Guerra Fria -

Durante a Guerra Fria, o governo considerou a ARPANET incrivelmente útil. Os inimigos não conseguiam destruir a rede, já que ela não tinha um núcleo central. Muitos argumentam que a ARPANET é o primeiro antecessor da internet moderna.

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Roteador Cebola ('Onion Routing') -

Na década de 1990, o Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA desenvolveu um método para encaminhar o tráfego da internet de forma anônima. Esse método é conhecido como 'Roteador Cebola' (onion routing, roteamento em camadas), e foi inicialmente projetado para proteger as comunicações da inteligência dos EUA online, "anonimando" os usuários e suas atividades.

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Tor -

Em 2002, o governo dos EUA tornou público uma rede conhecida como Tor (The Onion Router), permitindo que outras pessoas utilizassem redes anônimas para se comunicarem.

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Internet visível -

À medida que a internet evoluiu ao longo do tempo, ela começou a se dividir em três partes: a internet visível ('surface web'), a deep web e a dark web. Curiosamente, a parte da web que é acessível abertamente ao público representa apenas cerca de 4% de toda a internet.

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Criptomoeda -

Em 2009, a primeira criptomoeda foi lançada e posteriormente utilizada para transações na dark web. Com o tempo, a criptomoeda tornou-se o método de pagamento preferido em mercados negros, uma vez que seu anonimato financeiro complica os esforços para rastrear e interromper transações ilegais.

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Mercado da Rota da Seda -

Lançado em 2011, a Rota da Seda tornou-se o primeiro mercado famoso da dark web por seu comércio de drogas ilegais, moeda falsa e outros bens e serviços ilícitos. Ele era operado por Ross Ulbricht, que acabou sendo preso em 2013 e condenado à prisão perpétua. O programa foi retirado do ar em outubro do mesmo ano.

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Playpen -

Antes de 2015, a extensão da violência da dark web era desconhecida. No entanto, em 2015, o FBI fechou um site da dark web chamado Playpen, que hospedava mais de 23.000 fotos explícitas de menores de idade.

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Segurança -

Para reduzir o risco de fraude, muitas transações na dark web usam serviços de custódia ou caução (escrow services). Esses serviços retêm os pagamentos em uma conta neutra até que o comprador e o vendedor confirmem a transação.

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Conteúdo -

A dark web abriga uma ampla variedade de conteúdos, incluindo atividades legais e ilegais. Entre os usos legais estão fóruns para ativistas políticos, jornalistas e delatores que vivem sob regimes opressivos. No entanto, é mais infame pela abundância de atividades ilegais que ocorrem lá. Vamos dar uma olhada em algumas delas.

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Exploração infantil -

A dark web é notória por hospedar sites que compartilham conteúdos ilegais e profundamente perturbadores, incluindo materiais de exploração infantil. Agências de segurança ao redor do mundo batalham continuamente para fechar esses sites e levar os responsáveis à justiça.

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Assassinato por encomenda -

Alguns sites da dark web oferecem serviços de assassinato por um valor, permitindo que indivíduos contratam matadores de forma anônima. Embora muitos desses sites sejam fraudes, a existência de tais serviços reflete o potencial da dark web para facilitar crimes violentos.

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Venda de armas -

Diversos mercados na dark web oferecem  venda armas de fogo e explosivos. Esse comércio ilegal contorna regulamentações internacionais sobre armas e representa ameaças significativas à segurança pública.

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Fóruns sobre crimes cibernéticos -

Fóruns na dark web são centros de atividade para cibercriminosos trocarem conhecimentos, ferramentas e serviços. Esses fóruns facilitam atividades como pirataria e distribuição de malware  (qualquer software intencionalmente feito para causar danos) contribuindo para o crime cibernético global.

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Roubo de identidade -

A dark web é um grande centro para a venda de informações pessoais roubadas, incluindo números de cartão de crédito e outros dados pessoais, que contribuem para o roubo de identidade e fraudes financeiras generalizadas.

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Drogas -

Numerosos mercados na dark web facilitam a venda de drogas ilegais e medicamentos falsificados. De acordo com estudos realizados no Tor, drogas ilícitas estão entre as buscas mais frequentes na dark web.

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Tráfico humano -

A dark web também tem sido usada como uma plataforma para o tráfico de seres humanos, incluindo a venda de pessoas para trabalho forçado e outras formas de exploração. Devido à natureza secreta dessas redes online, é extremamente desafiador para as autoridades rastrear e resgatar as vítimas.

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Questões éticas e humanitárias -

Muitas questões surgiram ao longo do tempo sobre a ética da dark web, especialmente considerando que existem várias redes usadas para fins humanitários. De fato, alguns ativistas e jornalistas em países opressivos utilizam a dark web para contornarem a censura e se comunicarem livremente.

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Serviços financeiros ilegais -

A dark web oferece diversos serviços financeiros ilegais, incluindo esquemas de lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Esses serviços exploram o anonimato proporcionado pela dark web para contornar os sistemas financeiros legais.

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Comércio oculto -

Além de drogas e armas, a dark web também é um mercado para produtos falsificados, como identidades falsas, passaportes, itens de luxo e até mesmo dinheiro.

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Terrorismo -

Organizações terroristas têm sido conhecidas por usar a dark web para propaganda, recrutamento e comunicação. O anonimato proporcionado pela dark web permite que coordenem ataques e espalhem ideologias extremistas.

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Pirataria -

Curiosamente, sites que distribuem software, filmes e músicas pirateados também fazem parte da dark web, já que essa distribuição ilegal viola direitos de propriedade intelectual.

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Tráfico de orgãos -

Embora raro, há relatos de tráfico de órgãos facilitado pela dark web, onde clínicas ilegais vendem órgãos humanos para transplantes ao maior lance (como se fossem leilões virtuais), o que representa sérios riscos éticos e de saúde.

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Fiscalização -

Agências de segurança ao redor do mundo batalham continuamente contra os mercados da dark web, empregando táticas cibernéticas avançadas para infiltrá-las e fechá-las. Apesar desses esforços, novos mercados e espaços surgem rapidamente para substituir aqueles que são retirados do ar.

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Futuras ameaças -

Fontes: (The Conversation) (Standard Office Systems) (Encyclopedia Britannica) (IdentityIQ)

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