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Há mais planetas parecidos com Netuno do que com a Terra

A Terra, dizem os cientistas, está a meio-termo ideal nos tamanhos de planetas frios

Há mais planetas parecidos com Netuno
do que com a Terra
Notícias ao Minuto Brasil

11:42 - 17/12/16 por Notícias Ao Minuto

Tech Galáxia

As análises das "depressões" no tecido do espaço-tempo ajudaram cientistas a descobrir que, na nossa galáxia, há mais planetas parecidos em massa e caraterísticas com Netuno do que com a Terra, diz o artigo publicado pelo Astrophysical Journal.

"Nós encontramos o meio-termo ideal nos tamanhos de planetas frios. Apesar das teorias anteriores, descobrimos que, na maioria das vezes, os planetas possuem tamanho aproximado ao de Netuno, já o número de planetas pequenos, que antes considerávamos maioria, na verdade, é menor", declarou Daisuke Suzuki, pesquisador do Centro espacial de Goddard da NASA (EUA).

Suzuki e seus colegas chegaram a tal conclusão durante as observações de grande escala de mundos longínquos, com a ajuda do telescópio MOA-II, localizado na Nova Zelândia. A ferramenta, segundo os cientistas, é destinada a observações especiais: buscar traços de microlentes gravitacionais em estrelas longínquas.

De acordo com o artigo dos cientistas, as microlentes gravitacionais surgem quando uma estrela encobre a emissão de luz de outro astro que está sendo observado a partir do planeta Terra. A atração gravitacional da estrela mais próxima a nós distorce e intensifica a luz do segundo corpo celeste, deixando-o mais brilhante para nós. Se, em volta do astro mais próximo, estiver rodeando um planeta, o brilho emanado por ele varia periodicamente quando ele passa pelo disco da estrela.

Um método semelhante vem sendo usado com frequência pelos astrônomos na busca por planetas extrassolares, ou seja, muito distantes do nosso. Mas, ele possui uma falha: encontra-se o planeta, mas não é possível entender onde ele está localizado devido aos cálculos errôneos da distância até o astro. Por outro lado, o uso da microlente permite encontrar planetas até mesmo muito pequenos, que ficam a uma grande distância do astro, enquanto outros meios, como o método de trânsito ou a técnica de velocidades radiais, simplesmente não demonstram resultado algum.

Os cientistas aplicaram o método na realização do maior "censo" de planetas, que fazem parte da nossa galáxia. No total, foram observados 3,3 mil microlentes com a ajuda do telescópio MOA-II. Algumas dezenas foram criadas por planetas "invisíveis", entre eles, quatro planetas eram desconhecidos pelos cientistas.

Constatou-se que a maioria deles é proveniente de exoplanetas significativamente maiores em tamanho do que a Terra, mas menores do que Júpiter ou Saturno. Uma estrela típica da galáxia, cuja massa equivale a 40% se comparada a do Sol, um planeta "mediano", cuja massa é 10 a 40 vezes maior do que a da terra. Tais planetas, chamados de "frios" netunos, foram descobertos pelos cientistas ainda no passado, tendo se tornado os pequenos corpos celestes mais comuns na galáxia.

Os cientistas foram pegos de surpresa, pois, de acordo com os cálculos teóricos, baseados em observações do telescópio espacial Kepler, na Via Láctea deveria haver mais análogos da Terra, que orbitam em volta de estrelas anãs vermelhas. Mas não é bem assim. Por que isso acontece? Os cientistas supõem que a dominação dos netunos "frios" na Galáxia está ligada ao fato de eles serem formados na parte mais favorável para o "nascimento" de planetas do disco protoplanetário, localizada perto da "linha de neve".

Nova sonda russa logo revelará se americanos na verdade foram à Lua Segundo os cientistas, uma linha de neve seria a fronteira imaginária entre a parte quente do disco, onde as moléculas de água e gás simplesmente são inexistentes, e a metade fria, onde há gás e gelo em abundância. A luz do astro recém-nascido expulsa o gás da parte "quente" do disco, recebendo enorme quantidade de material para o seu futuro crescimento, concluem os cientistas. Com informações da Sputnik News Brasil

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