Após morte da filha, pai cria robô para identificar infecção
Foi preciso cerca de R$ 1 milhão para desenvolver o programa
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Tech Invenção
Após a morte de sua filha aos 18 dias de vida de sepse, o analista de sistemas Jacson Fressato, de 37 anos, decidiu criar um robô capaz de identificar pacientes com o perfil para desenvolver tal doença. Segundo o Instituto Latino Americano da Sepse (Ilas), 600 brasileiros morrem por dia com a infecção generalizada.
"Eu sempre me imaginei com esposa, filhos, casa, o pacote completo. Não pude ter nada disso. Mas, se eu só me lamentasse, estaria perdido.", diz Jacson, que apelidou a invenção com o nome de Laura.
Após a morte da filha, Fressato prometeu fazer algo para evitar outras mortes. "Eu senti um chamado quase espiritual. Lembrei de um ditado que diz que caridade não é doar metade do que você tem, mas sim doar metade da sua respiração", conta.
Conforme a Folha de S. Paulo,a sepse ocorre quando o corpo tem uma reação exagerada a uma infecção. O paciente pode não resistir caso os sintomas não sejam identificados rapidamente.
A tecnologia por trás do robô "Laura", que faz uso de inteligência artificial, é composta por 263 softwares que analisam os riscos do paciente desenvolver a doença. Em um primeiro momento, é criado um "mapa de risco", em que reúne os dados vitais do paciente por meio de exames e prontuários inseridos no sistema.
Caso houver risco, o programa gera alarmes e manda sinais para televisões instaladas nos pontos de enfermagem. O tempo médio de atendimento é também analisado: caso o tempo ultrapasse três ou quatro horas, o robô começa a mandar mensagens de texto para os celulares da equipe médica.
Para desenvolver o sistema, Jacson vendeu carro, casa e tirou dinheiro do bolso. Segundo o jornal, foi preciso quase R$ 1 milhão – valor dividido entre ele e um investidor-anjo – para a criação do robô Laura.
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