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Luz das estrelas poderão se tornar invisíveis ao olho humano

Em breve, estrelas não mais poderão ser vistas pela humanidade

Luz das estrelas poderão se tornar invisíveis ao olho humano
Notícias ao Minuto Brasil

12:22 - 21/12/16 por Notícias Ao Minuto

Tech Ciência

A “semeadura” da atmosfera do planeta com partículas de aerossóis para seu arrefecimento e retardamento da mudança climática fará a luz da maioria das estrelas se tornar invisível ao olho humano, informa a edição online Space.com.

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"Este método para resolução final da questão do clima funciona muito rápido, é muito barato e pode ser feito, de fato, já hoje. Mas surge imediatamente a questão se esse retardamento do aquecimento global vale os efeitos negativos provocados pelas emissões de aerossóis para a atmosfera", disse Charlie Zender da Universidade da Califórnia em Irvine (EUA).Considera-se que os aerossóis — gotículas microscópicas de líquidos e partículas sólidas — refletem parte dos raios solares e contribuem para a condensação da umidade nas nuvens, o que "esfria" muito o nosso planeta. A maioria dos climatologistas sugere que a maior parte dos aerossóis é formada graças à acção de vapores de amônia e de ácido sulfúrico nas camadas baixas da atmosfera.

Como mostram pesquisas do clima mais recentes, o forte aumento da concentração de aerossóis na atmosfera ao longo dos últimos 10-15 anos foi uma das razões pelas quais o aquecimento global tem retardado um pouco seu progresso nos anos 2000. Por isso, muitos cientistas pensam hoje em dia seriamente em começar semeando artificialmente a atmosfera da Terra com aerossóis para uma desaceleração ainda maior do aquecimento.

De acordo com Zender, tal solução terá muitos efeitos negativos, alguns dos quais terão forte impacto sobre a astronomia e a aparência do céu. Como demonstram seus cálculos, a adição de um grande número de aerossóis vai fazer com que a poluição luminosa do céu noturno, gerada por fontes artificiais de luz na Terra, aumentará significativamente, porque estas gotículas podem reflectir a luz vinda não só "de cima", a partir da Lua e do Sol, mas também "de baixo". Mais importante é o que este aumento vai funcionar em todo o território do planeta, porque os aerossóis serão distribuídos uniformemente por toda a atmosfera da Terra. Como resultado, as estrelas mais fracas, que agora são pouco visíveis nos recantos mais escuros do mundo, vão se tornar praticamente invisíveis a olho nu e a telescópios simples.

Um problema adicional é que as gotículas dos aerossóis vão refletir a própria luz das estrelas, galáxias e outros objetos cósmicos distantes, tornando-os ainda mais pálidos. De acordo com Zender, na maior parte do mundo habitado o brilho do céu noturno vai aumentar em 25%, o que torna praticamente todas as estrelas, até mesmo as mais brilhantes delas, invisíveis aos habitantes de todas as megalópoles.

Por um lado, tal "sacrifício" pode parecer pequeno, mas, como sublinha o astrônomo, hoje em dia nós não sabemos quase nada sobre como a luz das estrelas afeta a vida e vários processos naturais da Terra. Por exemplo, escaravelhos africanos usam a luz da Via Láctea para orientação no espaço e seu desaparecimento do céu terá impacto muito negativo em suas vidas. Outro exemplo disso, como nota Zender, são as jovens tartarugas marinhas que precisam de escuridão nas primeiras horas e dias após a eclosão. Com informações da Sputnik Brasil.

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