Macron acusa hackers russos de atacar sua campanha
Rússia rebateu e chamou acusações de 'absurdas'
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Um dos líderes da corrida presidencial na França, Emmanuel Macron, acusou a Rússia de patrocinar ataques hackers contra o site de sua campanha "Em Movimento".
Líderes de seu comitê afirmaram ao jornal francês "Le Canard Enchaîne" que o site vem sendo alvo de ações do tipo desde novembro, quando o ex-ministro da Economia anunciou que concorreria ao pleito. O secretário-geral da campanha, Richard Ferrand, e o porta-voz da "Em Movimento", Benjamin Griveaux disseram não ter dúvidas de que o ato é "uma ingerência russa".
Em entrevista ao jornal "Le Monde", Ferrand fez um apelo às autoridades francesas para que elas "não permitam que a Rússia desestabilize as eleições presidenciais da França". Nos últimos dias, os veículos de comunicação russos "Sputnik" e "Russia Today" publicaram matérias alegando que Macron teria uma "vida dupla", dizendo que ele teria um caso com o presidente da "Radio France", Mathieu Gallet.
Macron, que é casado com Brigitte Trogneux há 10 anos, desmentiu a história e ainda ironizou a "denúncia".
"Ouvi dizer que tenho uma vida dupla, que tenho uma vida escondido ou algo assim. É desagradável para minha mulher, Brigitte, e como eu passo dia e noite com ela, ela já me pediu como faço isso... Se lhes disserem que tenho uma vida dupla com Mathieu Gallet, saibam que é o meu holograma, não sou eu", disse a uma plateia durante comício.
No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, classificou de "absurdas" as acusações e diz que "não se pode falar de qualquer envolvimento do governo russo nestes ataques".
Os russos foram acusados de fazerem ataques semelhantes nos Estados Unidos, para beneficiar a vitória do republicano Donald Trump. Segundo a mídia francesa, tal qual nos EUA, a ideia seria beneficiar os candidatos de direita François Fillon, do Republicanos, ou Marine Le Pen, do Frente Nacional. (ANSA)