Meteorologia

  • 22 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

Sistema como o de "Stars Wars" pode existir na realidade

Ou seja, um planeta que, contrariando a instabilidade gravitacional, ficaria próximo de dois astros

Sistema como o de "Stars Wars" 
pode existir na realidade
Notícias ao Minuto Brasil

15:22 - 27/02/17 por Notícias Ao Minuto

Tech Espaço

Um planeta rochoso com Sol duplo não é desconhecido dos fãs da saga "Star Wars". A descrição lembra Tatooine, berço do jedi Luke Skywalker. Cientistas da University College London (UCL), no Reino Unido, revelam, no entanto, que encontraram indícios de um planeta extrassolar na "vida real". Ou seja, um planeta que, contrariando a instabilidade gravitacional, ficaria próximo de dois astros.

A descoberta, publicada nesta segunda-feira (27), na revista “Nature Astronomy”, será detalhada em uma transmissão ao vivo. Conforme O Globo, o principal indício dos astrônomos é um anel de material aparentemente rochoso, como a Terra, ao redor do sistema SDSS 1557, localizado a cerca de mil anos-luz de distância. O SDSS 1557 é similar, garantem os pesquisadores, com um cinturão de asteroides do Sistema Solar da Terra, entre Marte e Júpiter.

"Construir planetas rochosos em torno de dois sóis é um desafio porque a gravidade de ambas estrelas pode realizar um empurra e puxa vigoroso, impedindo que os fragmentos de rocha e poeira se aglomerem e cresçam para formar planetas de fato", explica Jay Farihi, físico que coordena o estudo e identificou o anel de material.

Segundo Farihi, antes desta descoberta, todos os exoplanetas que orbitavam em torno de sistemas binários eram gasosos, como Júpiter. O SDSS 1557 é composto por uma anã branca (restos de estrela como o nosso Sol) e outra anã marrom (apelidada de “estrela fracassada” por, em resumo, não brilhar por conta própria).

"A anã marrom estava efetivamente escondida pela poeira até que usamos o instrumento certo", conta Steven Parsons, pesquisador especialista em sistemas binários da Universidade de Sheffield, também no Reino Unido, e coautor do estudo. A meta dos cientistas agora é observar o SDSS 1557 com o telescópio Hubble para confirmar que a poeira é feita de rocha e não de gelo, que derreteria e sumiria no espaço.

Leia também: 'Coração' de Plutão terá nome de 'Sputnik' soviético

Campo obrigatório