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Cientistas anunciam melhorias em técnica de edição genética

Descoberta revolucionária será útil no tratamento de doenças

Cientistas anunciam melhorias em técnica de edição genética
Notícias ao Minuto Brasil

17:41 - 25/10/17 por Ansa

Tech DNA

Considerada um dos maiores avanços da ciência nos últimos anos, a técnica de edição genética conhecida pela sigla CRISPR garantiu uma forma simples, eficiente e barata de manipular o DNA. Nesta quarta-feira (25), a revista "Science" publicou um estudo no qual cientistas anunciaram o desenvolvimento de novas versões que permitem alterar uma única "letra" do DNA.

De acordo com o estudo liderado por David Liu, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a Crispr já permite que cientistas "recortem" e "editem" o genoma com precisão, mas agora, a principal diferença é que ela permitirá a edição de RNA, que pode alterar produtos de genes. Essa mudança tem potencial para ser usada tanto na pesquisa quanto no tratamento de doenças.

O DNA tem todas as informações sobre o corpo humano e isto é chamado de "livro da vida", que é "escrito" usando praticamente só quatro "letras": as moléculas citosina (C), adenina (A), guanina (G) e timina (T), também conhecidas como nucleotídeos.

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O RNA funciona como um intermediário entre o DNA e a produção de proteínas. Ele "transcreve" as informações contidas no DNA e permite a síntese de proteína.

A nova técnica foi batizada de "REPAIR" (sigla em inglês para "Edição de RNA Programável para Substituição de A a I"). A estratégia permite a substituição de adenosina por iosina, por exemplo. Segundo o estudo, os pesquisadores conseguiram editar bases específicas do RNA com eficiência de até 51% em alguns casos.

Para os cientistas, essas estruturas estão envolvidas em mutações que estão associadas a mutações humanas. A troca no material genético de G para A, por exemplo, é comum e está associada a casos de epilepsia e Parkinson.

"Essa edição do RNA abre muitas oportunidades para recuperar funções e tratar muitas doenças em quase todos os tipos de célula", diz a pesquisa. Com informações da Ansa.

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