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Senadores criam perfil falso para provocar Facebook

"Precisamos de mais transparência na publicidade política online", dizia mensagem do perfil

Senadores criam perfil falso para provocar Facebook
Notícias ao Minuto Brasil

19:25 - 02/11/17 por Folhapress

Tech Experiência

Em meio à discussão sobre a influência russa nas eleições americanas e os limites à publicidade política nas redes sociais, dois senadores democratas decidiram usar as armas do "inimigo". Eles criaram um perfil "fake" no Facebook de uma suposta organização política, "Americans for Disclosure Solutions", e pagaram para anunciá-la no feed dos usuários.

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Por US$ 20 (pouco mais de R$ 60), conseguiram fazer com que o anúncio fosse visto por 1.407 jornalistas em Washington, e outros 1.369 servidores da capital federal.

O perfil da página trazia apenas uma informação: "Essa é uma organização política fictícia feita para demonstrar um fato: nós precisamos de mais transparência na publicidade política online".

"Conclusão: foi muito fácil, e barato, alcançar milhares de pessoas", afirmou nesta quinta (2) o senador Mark Warner, um dos responsáveis pela página.

A ideia de Warner e de sua colega democrata Amy Klobuchar era demonstrar que as redes sociais fazem pouca ou nenhuma verificação sobre a real existência de seus anunciantes, bem como a facilidade de direcionar publicações para usuários específicos.

O alcance, porém, é relativo: não se sabe quantos desses usuários efetivamente clicaram ou reagiram ao anúncio. Até a tarde de ontem, apenas 30 pessoas haviam curtido a página.

Warner é autor de um projeto de lei que estabelece regras para dar transparência à publicidade política na internet, assim como já ocorre na televisão, rádio e veículos impressos. Conhecido como "Ato da Publicidade Honesta" (ou "Honest Ads Act"), o projeto ainda está em tramitação no Congresso.

A imposição de regras aos gigantes da internet foi um dos temas de audiências no Congresso nesta semana, em que executivos do Facebook, Twitter e Google se comprometeram a divulgar com mais clareza a seus usuários quem paga por anúncios nas redes sociais, principalmente durante as eleições. Com informações da Folhapress.

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