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Hackers divulgam dados pessoais de juíza após ordenar bloqueio de site

Informações foram divulgadas em um fórum anônimo da internet

Hackers divulgam dados pessoais de juíza após ordenar bloqueio de site
Notícias ao Minuto Brasil

19:47 - 25/01/18 por Notícias Ao Minuto

Tech Justiça

Após determinar o bloqueio de um site investigado por publicar mensagens de ódio contra negros, mulheres e homossexuais e de apologia ao crime, a juíza Gisele Guida de Faria, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), teve seus dados pessoais divulgados em um fórum anônimo da internet. O tribunal acionou a Polícia Civil.

Em sua decisão, a juíza determinou que todas as operadoras e provedores brasileiros de acesso a internet bloqueiem o acesso a todo o conteúdo do site, apontado, pela magistrada, como “um instrumento de comunicação usado em escala global para a prática de reiterados crimes”, como a veiculação de “mensagens difamatórias, caluniosas e ofensivas à honra de várias pessoas, além de comentários generalizados de cunho racista, homofóbico e sexista”.

Desde ontem (24) a página está fora do ar. Á reportagem, a juíza confirmou que seus dados pessoais, como endereços e telefones residenciais e funcionais, tinham sido divulgados em um fórum anônimo que promove conteúdo homofóbico, racista, sexista e apologia à pedofilia. O autor da postagem anônima diz ainda que está juntando dinheiro para pagar alguém para “dar fim” na magistrada. 

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A juíza não é a primeira representante do Poder Judiciário a ter seus dados pessoais vazados no mesmo fórum. No último sábado (20), a Agência Brasil publicou reportagem em que especialistas em crimes cibernético e vítimas do mesmo grupo declararam acreditar que responsáveis pelo site bloqueado podem ser usuários do fórum. Após a publicação, informações pessoais do procurador da República no Rio de Janeiro, Daniel Prazeres - que enviou à Polícia Federal para investigar o caso - também foram compartilhadas anonimamente. 

Com o site fora do ar, os responsáveis pela página passaram a enviar e-mails à imprensa ofendendo a juíza. “Além de não ter como bloquear meu site, eu ainda vou investigar toda a vida desta juíza e da família dela [...] Vou contornar este bloqueio”, diz o autor do e-mail enviado hoje (25), à Agência Brasil.

O site chamou atenção após publicar um texto com ofensas a seis estudantes e a um professor da universidade UniCarioca. Desde então, internautas passaram a denunciar a página. A organização não governamental (ONG) SaferNet, que se dedica à prevenção e ao combate a crimes contra os direitos humanos na internet, recebeu 11 mil denúncias em 48 horas. A organização recomenda aos internautas que não compartilhem os links, nem acessem este e outros sites semelhantes. Com informações da Agência Brasil. 

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