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Tudo o que se sabe sobre o exoplaneta mais próximo da Terra

Parâmetros do Proxima b são muito parecidos aos do nosso planeta, pois fica numa 'zona habitável', mas com características distintas

Tudo o que se sabe sobre o exoplaneta mais próximo da Terra
Notícias ao Minuto Brasil

12:18 - 28/01/18 por Notícias Ao Minuto

Tech Proxima b

Ainda não se sabe muito à respeito da estrela mais próxima ao nosso planeta, a Proxima Centauri. Em 2008, astrônomos comprovaram que existe um planeta em sua constelação, o Proxima b. Mais tarde, foi revelado que este planeta estaria numa "zona habitável", o que fez com que cientistas apresentassem hipóteses sobre a existência de vida neste planeta.

Terra 2.0

Desde o fim do século XX, astrônomos examinam planetas potencialmente habitados no espaço longínquo. Até hoje, foram descobertos quase 4.000 mil exoplanetas. Os corpos são considerados exoplanetas porque ficam fora do Sistema Solar. O mais próximo de nós é o Próxima b, que está a apenas 4,22 anos-luz da Terra e suscita interesse especial dos cientistas.

Os parâmetros do Proxima b são muito parecidos aos do nosso planeta. A massa é 1,3 vezes maior e seu raio 1,1 vezes maior. O entusiasmo principal foi provocado pelo fato do exoplaneta ficar na chamada "zona habitável", ou seja, as condições no planeta são muito parecidas às da Terra e permitem a existência de água em estado líquido. Então, os cientistas supuseram a existência de oceanos e lagos, alguns até começaram a falar sobre uma Terra 2.0, mas logo seu entusiasmo foi acalmado.

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Ainda há muito para descobrir

Para que exista vida, tem que haver água, o que significa que a temperatura na superfície do planeta tem que ser maior do que zero. O Proxima b está situado bem próximo de sua estrela (muito mais próximo do que Mercúrio do Sol). Mas essa estrela é uma anã vermelha e sua temperatura e luminosidade são inferiores às do Sol.

Devido à sua proximidade da estrela, o Proxima b gira junto com ela, o que significa que está virada apenas com um lado para o astro, como a Lua para a Terra. Como resultado, uma metade do planeta se aquece muito rápido, enquanto a outra fica sem calor, mas tem zonas na fronteira entre o calor e o frio, cujas condições com alguma reserva podem ser consideradas aptas para a vida.

"É importante entender que se trata de formas de vida parecidas com a nossa, quer dizer, de formas de carbono. Claro que podem existir outras, completamente diferentes. O problema é que, enquanto as pessoas não entenderem de que formas se trata, será bem difícil descobri-las. Por isso, os cientistas são obrigados a se orientarem por uma vida extraterrestre parecida com a nossa", explicou Valery Shematovich, pesquisador-chefe do Sistema Solar do Instituto de Astronomia da Academia das Ciências da Rússia.

O desafio principal para a vida no Proxima b é a alta atividade de sua estrela: o planeta recebe 240 vezes mais raios-X do que a Terra e a radiação de altas energias é cerca de 30 vezes maior. Infelizmente, os equipamentos astronômicos atuais não permitem perceber se o Proxima b tem atmosfera. Se sim, a probabilidade de encontrar vida aumenta. No entanto, sem um "manto de proteção" a anã vermelha já deveria ter queimado tudo no seu planeta.

"A Proxima Centauri pertence à classe das anãs vermelhas. Quando tais estrelas aparecem, são muito ativas, iluminam muito na banda ultravioleta e de raios-X. Acredito que o vento sideral teria literalmente varrido a atmosfera do planeta, mesmo se ela existisse. Mas é apenas uma teoria. Temos de aguardar por instrumentos mais poderosos para obscurecer bem a estrela e examinar melhor o Proxima b", resumiu o analista. Com informações do Sputnik Brasil.

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