Cientistas descobrem suposta bactéria alienígena
De acordo com o estudo, é provável que o corpo celeste abrigue elementos radioativos e possa servir como fonte de energia
© NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Roman Tkachenko
Tech radioativa
Os pesquisadores do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron da Universidade de São Paulo, descobriram que um dos satélites de Júpiter pode abrigar bactérias que se alimentem de radiação.
Segundo o estudo, publicado na revista Science Alert, é provável que este corpo celeste abrigue elementos radioativos que possam servir como fonte de energia para micro-organismos semelhantes aos Desulforudis audaxviator terrestres.
Também conhecida como "viajante audaz", esta bactéria se destaca por sua capacidade de viver em completo isolamento, sem oxigênio, na escuridão total e a 60 graus Celsius de temperatura.
A bactéria sobrevive graças à decomposição radioativa do urânio. Desta forma, o organismo obtém hidrogênio e sulfatos e pode construir suas próprias moléculas orgânicas a partir da água, carbono e nitrogênio inorgânico obtidos do amoníaco das rochas e dos fluidos que o envolvem.
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Segundo os cientistas, a vida no satélite de Júpiter pode existir com três condições: presença de água, alta temperatura e presença de elementos químicos necessários para manter o metabolismo. De acordo com os dados de hoje, é provável que no satélite de Júpiter existam os dois primeiros fatores. No entanto, os pesquisadores ainda não sabem que substâncias se dissolvem nas águas do satélite de Júpiter.
Os resultados da simulação da distribuição dos elementos químicos nos objetos do Sistema Solar mostram que é provável que os materiais radioativos estejam presentes em Europa, assim como em Encélado, satélite de Saturno. Sua quantidade deve ser suficiente para sustentar a vida de organismos como o Desulforudis audaxviator. Com informações do Sputnik Brasil.