© Reuters / Adnan Abidi
Depois de cinco dias de silêncio, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, reagiu à polêmica que envolve a sua rede social e a Cambridge Analytica. Em causa estão os dados relativos a 50 milhões de usuários que foram apropriados pela empresa, um desfecho que levou o empresário a pedir desculpa em entrevista à CNN e a delinear medidas na sua página de Facebook para impedir que tal episódio volte a acontecer.
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É possível cogitar que foi um erro da parte de Zuckerberg e uma ingenuidade acreditar na palavra da Cambridge Analytica, que os dados haviam sido apagados.
Porém, o caso ganha outros contornos, não só pela razão de o Facebook ter conhecimento da situação durante mais de dois anos, como também por ter procurado ‘calar’ os jornalistas do The Guardian que denunciaram a situação com ajuda de Christopher Wylie, o responsável pelo software usado na referida apropriação de dados.
Abaixo é possível encontrar uma publicação feita pela jornalista Carole Cadwalladr, do The Guardian, quando a história veio à tona, no dia 17 de março.
“Ontem o Facebook ameaçou nos processar. Hoje publicamos isto. Conheçam quem denunciou o Facebook e a a Cambridge Analytica”, era possível ler na publicação.
A situação já mereceu reconhecimento do próprio responsável pelas parcerias do Facebook, Campbell Brown que, de acordo com o Mashable, reconheceu que ameaçar o The Guardian com um processo “não foi uma decisão sábia”.