Zuckerberg diz que segue sendo a pessoa certa para liderar o Facebook
O executivo da empresa também se desculpou, novamente
© DR
Tech Polémica
O presidente executivo e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta quarta-feira (4)que continuar a ser a pessoa certa para liderar o grupo, envolvido num escândalo sobre os dados pessoais dos utilizados da rede social.
Numa teleconferência com jornalistas, Mark Zuckerberg foi questionado se era a pessoa certa para estar na liderança da rede social, tendo respondido que "sim", apesar de reconhecer os "erros cometidos" em relação à proteção de dados pessoas ou à luta contra a manipulação política.
O número de usuários do Facebook com dados que foram acessados pela sociedade de consultoria britânica Cambridge Analytica aumentou para 87 milhões, segundo a empresa que detém a rede social.
"No total, cremos que a informação do Facebook de 87 milhões de pessoas, a maioria nos Estados Unidos, pode ter sido partilhada indevidamente com a Cambridge Analytica", escreveu o responsável tecnológico da empresa, citado pelas agências internacionais de notícias.
Até ao momento, a informação disponível apontava para que a Cambridge Analytica teria acedido a dados de 50 milhões de usuários da plataforma.
O responsável tecnológico do Facebook escreveu um texto detalhando algumas mudanças que a rede social faria para restringir a informação a que os aplicativos podem acessar, como já tinha adiantado o fundador, Mark Zuckerberg.
O Facebook já anunciou que pretende lançar medidas para dar mais privacidade aos usuários, afirmando que "percebeu claramente" que as ferramentas disponíveis "são difíceis" de encontrar e que "tem de fazer mais" para informar quem utiliza a rede social.
A plataforma tem estado no centro de uma vasta polêmica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de milhões de usuários da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump. Com informações da Lusa.