Os russos parecem tão apaixonados por aplicativos quanto os brasileiros: nos dois países eles representam cerca de 0,39% do total de downloads, segundo informações da reportagem da Uol. Mas é preciso ter cuidado com as diferenças culturais relacionadas a apps como o Tinder, por exemplo, sobretudo na Copa do Mundo, que começa em junho no maior país do mundo. Por lá, o app de paquera pode esconder golpes e promover menos "pegação".

“Se a pessoa tem educação, está bem financeiramente e tem cultura, acho que não vai usar o Tinder para sexo casual”, disse a tradutora Maria Kazantseva em entrevista a Daniel Lisboa, do Uol. “Na Rússia, normalmente as meninas procuram marido. Desde os vinte anos, já querem uma relação séria, não importa onde procurem por isso: Tinder, balada, biblioteca”.

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A reportagem faz um alerta para o fato do padrão brasileiro de interação através do Tinder parecer liberal demais para os russos. “Um namorado tem que sair com você por pelo menos um mês antes de beijar. Para mim, a liberdade sexual dos brasileiros é algo absurdo. Nossa cultura é diferente”, contou a entrevistada.

João Gabriel Oliveira, brasileiro que esteve na Rússia três vezes, também teria percebido as diferenças entre os países. "Culturalmente, o russo não tem essa coisa de beijar no primeiro encontro”, comentou ao Uol. “Parece que as garotas de lá têm um interesse muito grande em falar com estrangeiros", acrescentou o economista, destacando que o interesse dos russos em praticar outra língua pode confundir as impressões.

Golpes

Outro alerta dado pela reportagem diz respeito aos golpes praticados através do Tinder. Um golpe bastante comum seria aquele em que os usuários do app marcam um encontro em um motel, para só depois o "parceiro" descobrir que terá que pagar pelo sexo, ameaçado com a presença de "cafetões" do lado de fora. Com o título “golpistas do Tinder – São Petersburgo”, um relato sobre o tema foi postado no site de dicas de viagem TripAdvisor, a partir da experiência de um viajante.