Facebook detalha novas regras contra criminosos e terroristas
Empresa disponibilizou aos usuários informações sobre o que é autorizado em documento de 27 páginas
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Tech Políticas
Uma pessoa que matou outra pode ter conta no Facebook, mas, caso cometa um segundo assassinato, será expulsa da rede social. A regra faz parte do código que estabelece o que pode ou não ser feito na plataforma, detalhado nesta terça-feira (24). A empresa disponibilizou aos usuários informações sobre o que é autorizado em documento de 27 páginas. São as regras que os 7.600 moderadores seguem ao avaliar se um conteúdo deve ser excluído.
Os usuários já conheciam uma versão resumida, mas agora podem ver detalhes. Notícias falsas e vazamento de informações privadas não fazem parte do documento. Será considerado "assassino em série todo indivíduo que tenha cometido dois ou mais homicídios em diversos incidentes ou locais". Já quem comete homicídio com quatro ou mais mortes é classificado como "assassino em massa". Ambos devem ser expulsos da plataforma.
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Condenações na Justiça ou acusações de autoridades são usadas para definir se a pessoa cometeu os crimes, diz o documento. Também são proibidos terroristas, ligados a grupos de ódio, responsáveis por tráfico humano (incluindo prostituição) e acusados por ações como lavagem de dinheiro. A regra tem como alvo grupos como a Máfia italiana, o PCC e o Estado Islâmico. Não deve ser aplicada a condenados por formação de quadrilha ou a acusados pela Lava Jato de integrar quadrilhas.
O documento também explica quais tipos de imagens com nudez estão liberadas.São proibidas, por exemplo, fotos que mostrem nádegas nuas, com uma exceção: elas podem ser usadas em montagens com figuras públicas. Já seios estão liberados nos contextos de amamentação, saúde, protestos e obras de arte. A maior parte do conteúdo sexual é proibido, exceto se usado em contexto educativo, de denúncia ou de humor. A regra é ainda mais dura em caso de menores.
O Facebook considera nudez qualquer "ausência de roupas do pescoço aos joelhos para crianças que não são bebês". Xingar menores também está vetado.Imagens de pessoas feridas por canibalismo também são proibidas, salvo se estiverem em contexto médico – neste caso, devem vir com um aviso de que o conteúdo é violento. A vice-presidente de política de produtos e de contraterrorismo do Facebook,
Monika Bickert, disse que a decisão faz parte de um esforço da empresa em ser transparente, e que as regras são atualizadas a cada duas semanas."Quando você vem para o Facebook, deve entender o que é OK e o que não é", afirmou na sede da companhia, na Califórnia.
Segundo ela, a decisão não está ligada ao escândalo de vazamentos de dados de 87 milhões de usuários. Alguns dos novos detalhes nunca tinham sido tornados públicos e outros deixam mais claras regras já conhecidas. O comércio de drogas e armas sempre foi proibido, mas agora se sabe que usuários não devem confessar na rede que usaram drogas, a não ser em contexto de reabilitação.
Material obtido por invasão de computadores também é proibido, a não ser que tenha relevância jornalística. As regras não incluem vetos de governos, como a proibição de criticar a família real na Tailândia. Nestes casos, o conteúdo é bloqueado apenas no país onde a regra existe. Com informações da Folhapress.