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Tecnologia calcula fadiga dos motoristas analisando os rostos

Este tipo de funcionalidades pode ser aplicado em qualquer automóvel no futuro

Tecnologia calcula fadiga dos motoristas analisando os rostos
Notícias ao Minuto Brasil

22:55 - 18/05/18 por Lusa

Tech Porto

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), de Portugal, estão desenvolvendo um demonstrador facial que permite extrair informação a partir dos rostos dos motoristas, para avaliar o seu estado de cansaço.

O objetivo do Facial Analytics é extrair informação sobre a orientação da cabeça, pontos característicos na face - e valores calculados a partir destes pontos -, batimento cardíaco (obtido pelas variações na cor da pele) e a direção do olhar, avaliando a condição de fadiga do motorista, disse à Lusa o investigador do INESC TEC Jaime Cardoso, um dos responsáveis pelo projeto.

Segundo indicou, caso existam sensores adicionais nos veículos (no volante ou no assento) que permitam medir a atividade elétrica do coração (eletrocardiograma ou ECG), essa tecnologia pode estar integrada, "para caracterizar com mais robustez a situação de quem conduz".

Este tipo de funcionalidades pode ser aplicado em qualquer automóvel no futuro, referiu o investigador, salientando que a análise do estado físico do condutor permite aumentar a segurança rodoviária.

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"Combinando o reconhecimento do condutor com a análise da fadiga, podemos personalizar e otimizar os algoritmos para cada pessoa que dirige, particularmente interessante em empresas de transportes em que os condutores trabalham por turnos e o motorista de um dado veículo muda constantemente", explicou o docente da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

De acordo com o especialista, a informação visual do condutor é recolhida a partir de um vídeo, capturado através de uma câmara colocada na parte superior do para-brisas. Esse dado é então analisado, automaticamente e em tempo real, pelo demonstrador facial.

Para transformar a informação extraída dos sensores em fatos com significado semântico (fadiga, emoção e identidade, por exemplo), os responsáveis utilizam metodologias de inteligência artificial e de 'machine learning' (algoritmos de aprendizagem automática).

Jaime Cardoso referiu que, embora já exista algum trabalho na análise da fadiga dos condutores, este é ainda embrionário.

Este trabalho, que se encontra em fase inicial, está sendo realizado em colaboração com a empresa Cardio-ID e inclui os investigadores do INESC TEC Licínio Oliveira (na análise da fadiga), Pedro Ferreira e Filipe Marques (na análise das emoções) e Ana Rebelo. Com informações da Lusa.

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