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China lança satélite de telecomunicações no lado escuro da Lua

China lança satélite de telecomunicações para missão ao lado afastado da Lua

China lança satélite de telecomunicações no lado escuro da Lua
Notícias ao Minuto Brasil

07:23 - 21/05/18 por Folhapress

Tech Ciência

Às 19h28 do úlimo domingo (20), pelo horário de Brasília, subiu ao espaço o satélite que permitirá que a China realize a primeira missão de pouso ao lado afastado da Lua. O módulo de pouso, equipado com um jipe robótico, deve voar até o fim do ano.

O lançamento, feito com um foguete Longa Marcha 4C, era essencial ao sucesso da futura missão. Um pouso no lado afastado impede comunicação direta entre o controle da missão, na Terra, e a espaçonave. É por essa razão que, até hoje, nenhuma nave, tripulada ou não, jamais tentou descer na face lunar que está sempre oposta ao nosso planeta. Isso acontece porque a rotação e a translação lunares estão sincronizadas: ela dá uma volta ao redor da Terra ao mesmo tempo em que completa um giro ao redor de si mesma.

O satélite de telecomunicações foi chamado de Queqiao (pronuncia-se "chechiao"), nome retirado de uma lenda chinesa que diz respeito a uma ponte de aves corvídeas através da Via Láctea que permite reunir amantes afastados, assim como seus filhos. A decolagem, ocorrida a partir do Centro de Lançamento de Xichang, no sudoeste da China, não foi transmitida ao vivo.

O Queqiao tem massa de 425 kg e deve ser colocado numa região ao redor de um dos pontos de libração do sistema Terra-Lua, em que a gravidade dos dois astros se equilibra. O ponto em questão fica atrás da Lua, a uns 60 mil km além dela, e o satélite ficará girando ao redor dele, de forma que tenha uma linha direta de comunicação tanto com a Terra como com o lado afastado lunar.

Caso ele se instale de forma bem-sucedida, espera-se que a missão de pouso lunar, Chang'e-4, aconteça até o fim deste ano. Além de servir como satélite de telecomunicações, o Queqiao leva diversos experimentos embarcados, tanto chineses como europeus. Afinal de contas, a região oposta à Lua é uma das mais silenciosas em rádio em todo o Sistema Solar, livre de muito do ruído das transmissões artificiais terrestres. O satélite deve realizar várias observações de radioastronomia.

Também voaram com o Queqiao dois microssatélites, chamados Longjiang-1 e 2, para experimentos adicionais. Com informações da Folhapress.

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