Uber muda sistema de pagamento para 500 mil motoristas no Brasil
Novo modelo vai levar em consideração o tempo e a distância percorrida em cada viagem
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Tech Cobrança
A Uber anunciou nesta segunda-feira (2) que acabou com a taxa fixa cobrada dos motoristas sobre o valor da corrida e passou a usar um sistema variável.
O novo modelo de pagamento vai levar em consideração o tempo e a distância percorrida em cada viagem para determinar o quanto será cobrado pelo empresa.
As taxas fixas variavam entre 20% (Uber Black) e 25% (outras categorias).
De acordo com a empresa de aplicativo de transporte, o valor das corridas não vai mudar para os usuários, que vão pagar pelo preço estimado quado chamam o carro no aplicativo.
A mudança afeta o motorista. Segundo a empresa, os brasileiros reclamavam muito da taxa fixa de cobrança, pois ela não levava o trânsito em consideração.
A Uber tem mais de 500 mil motoristas cadastrados em sua plataforma no Brasil.
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O novo modelo de cobrança, que já funciona há um ano nos Estados Unidos, visa corrigir essas distorções.
Com ele, se o motorista fizer uma viagem longa (em quilometragem), mas em um curto espaço de tempo, a Uber vai cobrar uma taxa maior, que pode até ser acima dos 25% atuais.
Mas, se o condutor ficar preso no trânsito por muito tempo, o percentual em cima daquela corrida será menor, mesmo que seja uma viagem curta, de R$ 10, por exemplo.
De acordo com a empresa, o percentual retido pela Uber pode ser de somente 1%, dependendo do caso.
Com o novo modelo, a Uber afirma que o pagamento será mais justo para o motorista.
A taxa será calculada sobre o tempo gasto e a distância percorrida e não dependerá somente da estimativa dada quando o passageiro solicita o carro.
A empresa também anunciou que fará melhorias na versão do aplicativo para os profissionais, que vai mostrar as taxas cobradas de maneira mais transparente.
Desde o início de 2017, além da taxa de serviço, a Uber também cobra um valor fixo de R$ 0,75 sobre cada corrida.
Do valor total da corrida, também são descontados os impostos, que variam de cidade para cidade, conforme a legislação local de regulamentação no serviço.
A empresa informou também que vai manter a cobrança de preço mínimo das corridas e, "quando for o caso, o multiplicador de preço dinâmico", que eleva os preços da plataforma quando a procura por uma viagem em determinados horários e regiões é muito alta.
O diretor-geral do Uber no Brasil, Guilherme Telles, afirmou que as mudanças fazem parte de "um conjunto maior de iniciativas para aumentar os ganhos de quem escolhe dirigir com nosso aplicativo, como a opção de gorjeta, que lançamos recentemente".
Desde o ano passado, a companhia tem promovido mudanças em seu relacionamento com motoristas, usuários e autoridades públicas.
Em janeiro, o presidente-executivo do Uber, Dara Khosrowshahi, disse que estava focado no "crescimento responsável", enquanto procurava encerrar uma cultura agressiva e intransigente na busca de resultados, que herdou ao se juntar no ano passado à empresa.
A Uber está no Brasil desde 2014 e, segundo dados da empresa, mais de 20 milhões de usuários usam o aplicativo em cem cidades espalhadas pelo território nacional.
Em fevereiro deste ano, o aplicativo atingiu a marca da um bilhão de viagens feitas no país. Com informações da Folhapress.