NASA vai lançar satélite para medir alterações no gelo polar
ICESat-2 vai dar continuidade às observações iniciadas pelo seu antecessor, o ICESat-1, cuja missão terminou em 2009
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Tech Agência
A agência espacial norte-americana NASA anunciou nesta quarta-feira que vai lançar em 15 de setembro um satélite que irá medir as alterações no gelo polar da Terra com um "detalhe sem precedentes".
O ICESat-2 vai dar continuidade às observações iniciadas pelo seu antecessor, o ICESat-1, cuja missão terminou em 2009.
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O novo satélite, que será lançado da base militar de Vandenberg, na Califórnia, nos Estados Unidos, está equipado com o instrumento 'laser' mais avançado para este tipo de observações, de acordo com um comunicado da NASA hoje publicado no seu portal.
Segundo a agência espacial norte-americana, o ICESat-2 vai medir a alteração média anual da altura de gelo que cobre a Gronelândia e a Antártida, com uma margem de até quatro milímetros (largura de um lápis), obtendo 60 mil medições por segundo.
A NASA lembra que o degelo na Gronelândia e na Antártida está a elevar em média o nível dos oceanos em mais de um milímetro por ano.
O satélite vai também registar as alterações na espessura e no volume do gelo do Oceano Ártico, cuja área diminuiu em 40 por cento desde 1980.
Ao atravessar a Terra, de polo a polo, o satélite vai monitorizar a cota de gelo nas regiões polares quatro vezes por ano, fornecendo dados sobre as mudanças ocorridas sazonalmente.
O instrumento 'laser' com o qual o ICESat-2 está equipado, o Sistema Avançado de Altímetro a Laser Topográfico (ATLAS, na sigla em inglês) mede a altura cronometrando o tempo que fotões de luz demoram a viajar do satélite à superfície da Terra e a voltar para trás.
Para a NASA, os dados do ICESat-2 poderão contribuir para o avanço do conhecimento do impacto do degelo na subida do nível do mar e no aumento da temperatura, efeitos das alterações climáticas.
O satélite também vai medir a altura da superfície oceânica e terrestre, incluindo os topos das árvores das florestas (que, em conjunto com a informação existente sobre a área florestal global, possibilitará aos cientistas estimarem a quantidade de dióxido de carbono armazenada nas florestas). Com informações da Lusaweb.