Casa Branca prepara documento para investigar Google e redes sociais
Segundo a Bloomberg, o documento instrui as autoridades a investigar "minuciosamente se qualquer plataforma online violou as leis antitruste"
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Tech Agência
A Casa Branca elaborou uma ordem executiva para a assinatura do presidente Donald Trump que instrui as agências federais de antitruste a abrir investigações sobre as práticas de grandes empresas de tecnologias como Google, Facebook e outras aplicações da Alphabet, holding que detém a Google, informou a Bloomberg neste sábado (22).
O documento corresponde a estágios preliminares de uma possível medida do governo americano, mas nenhuma ordem foi dada ainda a agências, segundo um representante da Casa Branca em depoimento à Bloomberg, que obteve um rascunho da ordem executiva.
Segundo a Bloomberg, o documento instrui as autoridades a investigar "minuciosamente se qualquer plataforma online violou as leis antitruste".
"Devido ao seu papel crítico na sociedade americana, é essencial que os cidadãos sejam protegidos contra atos anticompetitivos por plataformas online dominantes", diz o documento.
A ordem também orienta outras agências do governo a recomendarem, dentro de um mês após a assinatura, ações que possam "proteger a concorrência entre plataformas" e notificar sobre discriminação nesses espaços.
Trump vem acusando empresas como Facebook e Twitter por silenciar perfis conservadores em suas plataformas.
Em agosto, o presidente americano escreveu em sua conta no microblog que sua administração não permitiria tal discriminação.
No Congresso americano, as empresas alegam que seus esforços para conter abuso nas plataformas às vezes resultam em punições equivocadas de perfis, da esquerda como da direita, mas que não há um esforço sistemático para silenciar vozes conservadoras.
Em setembro, Jack Dorsey, diretor executivo do Twitter, testemunhou no Congresso sobre a limitação da visibilidade de alguns perfis republicanos na pesquisa do microblog. Ele disse que isso também afetou democratas, e que foi consequência de políticas contra discurso de ódio, ameaças e assédio na rede.
No início deste mês, o Departamento de Justiça anunciou que reunirá procuradores gerais estaduais no dia 25 de setembro para discutir a indústria de tecnologia e as implicações de seus modelos para a política antitruste.
Nesta sexta-feira (21), Sundar Pichai, presidente do Google, enviou um email a seus funcionários informando que a companhia nunca discriminou e nem discriminará os resultados do seu serviço de busca baseado em motivações políticas.
A manifestação surgiu depois de uma reportagem do jornal The Wall Street Journal que cita uma troca de emails de 2017 em que funcionários da empresa discutem as medidas impostas por Trump contra a entrada de imigrantes no país, logo após ter assumido a Casa Branca.
De acordo com a reportagem, os funcionários debateram maneiras de ajustar funções relacionadas à pesquisa do Google para mostrar aos usuários como contribuir com organizações favoráveis à imigração. Com informações da Folhapress.