Cientistas criam teste de DNA capaz de prever quando se vai morrer
Num futuro próximo, os cientistas acreditam que os testes possam estar disponíveis à venda em farmácias
© Ousa Chea / Unsplash (Foto ilustrativa)
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Uma equipe de cientistas escoceses desenvolveu um simples teste de DNA capaz de prever a probabilidade de um individuo viver até uma idade avançada ou morrer precocemente.
O teste analisa o efeito de variações genéticas na esperança média de vida, e foi desenvolvido por um grupo de investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Em um futuro próximo, os cientistas creem que os simples testes que analisam a saliva dos indivíduos possam estar disponíveis por cerca de 730 reais.
Ao realizarem o teste, as pessoas que pontuarem entre o topo dos 10% podem esperar viver cinco anos a mais, comparativamente aqueles que fiquem entre os 10% mais baixos.
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Os especialistas do Instituto Usher, na Universidade de Edimburgo, examinaram dados genéticos provenientes de mais de 500 mil indivíduos, assim como dados acerca da esperança de vida dos pais desses voluntários.
E identificaram 12 áreas chave do genoma humano que impactam significativamente na longevidade, incluindo cinco pontos que ainda não haviam sido reportados antes.
Os acadêmicos concluíram que as áreas de DNA com maior impacto na longevidade eram aquelas que haviam sido previamente associadas à incidência de doenças fatais, incluindo patologias cardíacas e condições relacionadas com o consumo de tabaco.
Peter Joshi, um dos coordenadores do estudo, disse em declarações ao The Telegraph: "Se tivermos em consideração 100 pessoas no momento do seu nascimento, ou mais tarde, e usarmos a nossa longevidade para os dividirmos em 10 grupos, o grupo de topo irá viver em média cinco anos a mais do que o inferior”.
Os cientistas garantem que pretendem ainda identificar os genes que influenciam diretamente o quão rapidamente as pessoas envelhecem.
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Se esses genes existirem , os seus efeitos foram muito tênues para serem detectados neste estudo, disseram os acadêmicos.
Paul Timmers, um estudante de doutorado no instituto, acrescentou: “Apuramos que os genes que afetam o cérebro e o coração são responsáveis pela grande maioria das variações na longevidade”.
A pesquisa inovadora foi publicada no periódico científico eLife.