Europa quer que Facebook, Google e Twitter reforcem combate a fake news
As plataformas em linha têm que intensificar os esforços para combater a desinformação
© iStock (Foto ilustrativa)
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A Comissão Europeia defendeu nesta quinta-feira (28) que Facebook, Google e Twitter têm que intensificar os esforços para combater a desinformação. As plataformas ainda foram acusadas de não fornecerem informações suficientemente detalhadas sobre a aplicação das suas novas políticas e instrumentos.
O executivo comunitário da União Europeia publicou hoje os relatórios apresentados pelas três plataformas, signatárias do Código de Conduta, sobre os progressos feitos em janeiro nos seus compromissos para combater a desinformação e, em comunicado, notou que quer "ver mais progressos".
"As plataformas não fornecerem informações suficientemente detalhadas sobre se a aplicação das novas políticas e instrumentos está decorrendo atempadamente e com recursos suficientes em todos os Estados-membros [da União Europeia]. Os relatórios apresentam muito pouca informação sobre os resultados das medidas já postas em prática", sustentou.
Bruxelas afirmou ainda que aquelas três plataformas não conseguiram apresentar "critérios específicos" que permitiram o acompanhamento e a avaliação do progresso feito no combate à desinformação na União Europeia (UE).
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"A qualidade da informação fornecida varia de um signatário para outro, dependendo das áreas de compromisso abrangidas por cada relatório, o que claramente demonstra que há espaço para melhorias em todos", argumentou.
Segundo a nota da Comissão, o Facebook não reportou os resultados "das atividades desenvolvidas em janeiro no âmbito do escrutínio e posicionamento de anúncios", nem o número de contas falsas removidas devido a "atividades mal-intencionadas visando especificamente a UE".
Já a Google, apesar de ter apresentados os dados das ações empreendidas em janeiro para melhorar o escrutínio da colocação de anúncios na UE, falhou na métrica que, para Bruxelas, não é suficientemente específica e não clarifica a extensão das medidas tomadas para combater a desinformação.
Por sua vez, a rede social Twitter não apresentou qualquer métrica referente aos compromissos assumidos para melhorar o escrutínio da colocação de anúncios, tendo também falhado na transparência dos anúncios com teor político.
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Tendo em conta que as campanhas eleitorais para as próximas eleições europeias irão começar no início de março, a Comissão Europeia encoraja as plataformas a "acelerar os seus esforços", admitindo preocupação em relação "à situação atual".
"Instamos o Facebook, a Google e o Twitter a fazer mais em todos os Estados-membros para assegurar a integridade das eleições para o Parlamento Europeu em maio de 2019. Também encorajamos as plataformas a estreitar a sua cooperação com os verificadores de fatos e investigadores acadêmicos para detectar campanhas de desinformação e tornar os conteúdos verificados mais visíveis e generalizado", concluiu o comunicado.
Estas três plataformas, signatárias do Código de Conduta contra a desinformação desde outubro de 2018, comprometeram-se a apresentar mensalmente relatórios das suas atividades até às eleições europeias que vão acontecer entre 23 e 26 de maio.
A monitoramento do Código de Conduta faz parte do plano de ação contra a desinformação que a UE adotou em dezembro. Com informações da Lusa.