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Dois meses após incêndio na Cinemateca, governo divulga quem fará gestão do local

O edital prevê um contrato de cinco anos com uma entidade privada sem fins lucrativos

Dois meses após incêndio na Cinemateca, governo divulga quem fará gestão do local
Notícias ao Minuto Brasil

12:40 - 19/10/21 por Folhapress

Cultura CINEMATECA-BRASILEIRA

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A Sociedade Amigos da Cinemateca, a SAC, foi selecionada pelo edital do governo federal para gestão da Cinemateca Brasileira. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda (18). O edital prevê um contrato de cinco anos com uma entidade privada sem fins lucrativos.

A decisão é preliminar -o edital dá 15 dias para que concorrentes entrem com recurso. Ainda assim, a expectativa é que a SAC assuma de fato a gestão. A entidade já vinha entrando em contato com antigos funcionários da Cinemateca, desde setembro, pelo menos.

No fim de julho deste ano, um incêndio atingiu o galpão da Cinemateca na Via Leopoldina, na zona oeste de São Paulo. A instituição estava sem técnicos monitorando seu acervo há pelo menos um ano, quando o governo federal demitiu funcionários dali após o fim do contrato de gestão que mantinha com a Acerp, a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto. Num imbróglio envolvendo o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, o governo parou de repassar recursos para a Acerp.

Com a repercussão do incêndio, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, tratou de logo publicar um edital de gestão.

No início do ano, em caráter emergencial, a Sociedade Amigos da Cinemateca foi escolhida para gerir a Cinemateca. O governo Bolsonaro, porém, não assinou convênio com entidade gestora, conforme tinha anunciado.

O resultado vem depois de um ano e dois meses desde que o governo federal tomou para si a gestão direta da Cinemateca, em ação que teve presença da Polícia Federal -até então a instituição era gerida pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto, entidade privada que afirmava não receber os repasses previstos no contrato.

Em maio deste ano, a Justiça Federal deu prazo de 45 dias para que o governo provasse que estava trabalhando para garantir a conservação do material guardado na Cinemateca Brasileira e que está atuando para retomar o conselho da entidade, principal instituição de preservação do audiovisual brasileiro.

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