Meteorologia

  • 20 NOVEMBRO 2024
Tempo
--º
MIN --º MÁX --º

Edição

CBF precisa mudar regulamento da Supercopa e valorizar outras séries

A Supercopa foi realizada pela primeira vez pela CBF em 1990, com jogos de ida e volta no campo dos campeões

CBF precisa mudar regulamento da Supercopa e valorizar outras séries
Notícias ao Minuto Brasil

14:42 - 21/12/21 por Notícias ao Minuto Brasil

Esporte Futebol

Antes de me aprofundar no assunto é preciso explicar o que é a Supercopa. É um torneio, atualmente em jogo único e campo neutro, entre o campeão brasileiro e o vencedor da Copa do Brasil, para que seja caracterizado o Supercampeão do Brasil da temporada anterior. Porém, nem sempre foi assim.

A Supercopa foi realizada pela primeira vez pela CBF em 1990, com jogos de ida e volta no campo dos campeões. Na oportunidade, o Vasco, campeão brasileiro de 1989, enfrentou o Grêmio, que ganhou a Copa do Brasil de 1989. O time gaúcho venceu em Porto Alegre e empatou no Rio de Janeiro, garantindo a primeira taça de Supercampeão. Era outro formato.

Já a partir da segunda edição, em 1991, a CBF mudou o regulamento pela primeira vez. A competição foi resolvida em jogo único, no campo do campeão brasileiro de 1990, no caso o Corinthians. O adversário foi o Flamengo, campeão da Copa do Brasil no mesmo ano, e o clube paulista ficou com o título.

A partir de 1992, a Supercopa deixou de figurar no calendário nacional, e voltou apenas em 2020, com mais uma mudança no regulamento. Jogo único, mas em campo neutro. E o Flamengo, campeão brasileiro em 2019, foi campeão em cima do Athletico-PR no estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Agora, em 2021, na segunda edição da Supercopa com o mesmo formato, a quarta no total, outra vez o Flamengo, campeão brasileiro de 2020, foi campeão em cima do Palmeiras, que levantou o troféu da Copa do Brasil. Empate por 2 a 2 no tempo normal e vitória nos pênaltis por 6 a 5.

Acontece que em 2021 o Atlético-MG ganhou as duas taças, algo inédito na história da Supercopa. Foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil. Mas, segundo o regulamento, o Galo não pode ser decretado o campeão dos campeões pela façanha. Isso mesmo! Mesmo ganhando as duas competições, o time comandado por Cuca precisa enfrentar e vencer o vice-campeão do Brasileirão, no caso o Flamengo, para faturar outro caneco.

Essa aberração do regulamento não leva em consideração vários fatores. O primeiro deles é a maratona de jogos em 2022, ano de Copa do Mundo, onde as competições, inclusive, terão de terminar mais cedo, pois o Mundial do Catar será realizado entre os meses de novembro e dezembro. E o calendário ficará ainda mais apertado.

O segundo fator é punir o clube, que ganhou as duas principais taças do futebol brasileiro, com jogo extra para confirmar que realmente foi o supercampeão de 2021. O terceiro, mais esquisito, é que o Flamengo pode ser o supercampeão da temporada anterior sem ter conquistado nenhum troféu. Um supercampeão que não ganhou nada. É rir para não chorar.

Se já mexeu outras vezes no regulamento da Supercopa, em apenas quatro edições, por que a CBF não valoriza outras séries em casos raros, como aconteceu com o Atlético-MG em 2021, ao faturar o Brasileiro e a Copa do Brasil? Por exemplo, qual o sentido de levar o vice-campeão Flamengo para a Supercopa e deixar de lado o Botafogo, campeão da Série B e com vaga garantida no Brasileirão de 2022?

Pelo menos, com times que faturaram um troféu nacional, a Supercopa teria um confronto entre dois campeões. Os das Séries A e B, com o vencedor realmente sendo um supercampeão. A supervalorização do vice em detrimento ao campeão da Segunda Divisão mostra um descaso com outros torneios nacionais, tão importantes, organizados pela própria CBF.

Sei que os contrários a minha tese dirão: “a Supercopa é um torneio patrocinado e com transmissão de TV, o que significa que querem times de Primeira Divisão”. E volto a discordar. O Botafogo também é clube gigante e seu feito, vencendo a Série B, serviria até de alento para outras torcidas, como a do Grêmio, que disputarão a competição em 2021. Afinal, a CBF valorizaria outras séries em casos atípicos.

E vou mais além. Se é um torneio patrocinado e com transmissão de TV para todo o Brasil e até para várias partes do mundo, por que não valorizar ainda mais todas as competições nacionais da CBF? Uma sugestão: quadrangular com os quatro campeões brasileiros de 2021: Atlético-MG (Série A), Botafogo (Série B), Ituano-SP (Série C) e Aparecidense-GO (Série D).

Torneio rápido, disputado em um final de semana, em estádio neutro. O campeão da Série A encararia o vencedor da Série D. Campeões das Séries B e C fariam o outro jogo. E os vencedores disputariam o título de Supercampeão do Brasil, afinal estariam envolvidos todos os campeões nacionais. Duvido que não atrairia patrocinadores e traria audiência para a TV.

Enfim, as sugestões foram lançadas. Decretar direto o Atlético-MG o Supercampeão pelos dois títulos e diminuir o número de jogos dos clubes em temporada de Copa do Mundo. Confrontar campeões das Séries A e B, um quadrangular com os quatro campeões brasileiros. O que, para mim, é difícil de entender é que em 2022 poderemos ver um clube supercampeão de 2021 que não ganhou nada. Totalmente absurdo!

Com informações da Agência Brasil

Transmissões ao vivo dos jogos dos principais times do Brasileirão!

Veja resultados, notícias, entrevistas, fotos, vídeos e os bastidores do mundo do esporte

Obrigado por ter ativado as notificações do Esporte ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Brasil Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório