Baixa de casos faz 19 capitais reduzir exigência de máscara
A média móvel de casos de covid no País vem indicando tendência de queda - nos últimos 14 dias, a variação negativa foi de 31%.
© Ian Cheibub/picture alliance via Getty Images
Brasil Pandemia
Com queda no número de casos de covid-19, 19 das 27 capitais brasileiras já retiraram pelo menos parcialmente a obrigatoriedade do uso de máscaras contra a covid-19. Em seis capitais, incluindo Brasília, o protetor facial já não é obrigatório em espaços abertos e fechados, enquanto oito ainda exigem máscaras em todos os ambientes. Em 14, a máscara segue obrigatória só em espaços fechados. A média móvel de casos de covid no País vem indicando tendência de queda - nos últimos 14 dias, a variação negativa foi de 31%.
No Rio, já não é obrigatório o uso de máscaras em locais abertos desde outubro. No dia 7, foi decretado o fim da exigência em qualquer local, incluindo o transporte público. Já a prefeitura de Maceió parou de exigir uso de máscara em ambientes abertos na segunda, e deixou ao critério dos responsáveis pelos estabelecimentos fechados públicos e privados exigir ou não proteção facial.
Em Florianópolis, também vigora desde segunda o decreto estadual que desobrigou as máscaras em espaços fechados em que é possível manter o distanciamento. A medida vale para estabelecimentos comerciais e repartições públicas. No transporte público, a máscara continua obrigatória. Em ambientes abertos, o não uso já estava liberado.
Em Brasília, a máscara deixou de ser obrigatória também em locais fechados, segundo decreto publicado no dia 10. Em Rio Branco, desde o dia 8, a prefeitura liberou também nos espaços fechados, só "recomendando" o uso. Em Natal, a prefeitura se antecipou ao governo do Rio Grande do Norte e publicou decreto, no dia 9, derrubando a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais abertos e fechados.
POPULAÇÃO DECIDIRÁ
Cuiabá decidiu não seguir o decreto do governo de Mato Grosso e manteve a obrigatoriedade do uso da máscara em locais fechados. O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que pretende deixar para os cuiabanos a decisão sobre a liberação. "Deixemos a população, que é zelosa, decidir a melhor forma de se proteger", disse. Ainda não foi definido quando o uso passa a ser facultativo em ambientes fechados. Nos abertos, já não é obrigatório.
A prefeitura de Porto Alegre publicou decreto no dia 11, retirando a obrigatoriedade de máscaras em espaços abertos públicos e privados. Nesta sexta, o município avaliará se estende a flexibilização aos ambientes fechados. Lá, crianças de até 12 anos já estavam liberadas de usar máscara em qualquer ambiente.
A prefeitura de São Paulo acompanhou o decreto do governo do Estado e dispensou o uso de máscara em ambientes abertos desde o dia 10. A Prefeitura deve seguir a tendência do Estado, que projeta estender a liberação a espaços fechados a partir de 23 deste mês, dependendo de estudos da Vigilância Sanitária Municipal. Belo Horizonte já não exige máscaras em locais abertos desde o dia 3.
CAPITAIS QUE RESISTEM
Curitiba mantém o uso obrigatório de máscaras em espaços abertos e fechados conforme decreto estadual. A medida será reavaliada amanhã pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a secretária Márcia Huçulak, Curitiba aguarda a tramitação de um projeto do governo estadual encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná que pode alterar a obrigatoriedade do uso da máscara em espaços abertos no Estado.
A prefeitura de Salvador informou que ainda não há data para a liberação do uso da máscara em locais abertos ou fechados. No Recife, o uso continua obrigatório em todos os ambientes. Já em João Pessoa o uso pode deixar de ser obrigatório em praias e locais abertos na sexta-feira. Fortaleza informou que acompanha as decisões do governo do Ceará, que mantém a obrigatoriedade da máscara em locais abertos e fechados. O governo estuda anunciar a liberação do uso em ambientes abertos a partir do dia 21 deste mês. Outras capitais que mantêm o uso de máscara obrigatório são Belém, Aracaju e Palmas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.