Vila Sésamo vira alvo de críticas após Elmo ser vacinado contra Covid-19
Elmo, do Vila Sésamo, diz ter sido vacinado contra a Covid-19 e virou alvo de críticas nos EUA
© Getty Images
Fama Pandemia
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O monstrinho Elmo, do seriado infantil Vila Sésamo, foi vacinado contra o coronavírus. O anúncio foi feito menos de duas semanas após a FDA, agência que regula medicamentos nos EUA, autorizar o uso de vacinas contra a Covid-19 em crianças que tenham de seis meses a cinco anos.
Elmo, que no seriado tem três anos e meio, disse em vídeo divulgado nas redes sociais que sentiu um "um pequeno beliscão [no momento da vacina], mas que estava tudo bem". Seu pai, Louie, afirmou que o muppet vermelho estava "super-duper" (algo como super demais, em português) enquanto tomava a injeção.
"Eu tinha muitas dúvidas sobre Elmo tomar a vacina. É seguro? É a decisão correta? Conversei com nosso pediatra para fazer a escolha certa", diz Louie olhando para a câmera. "Aprendi que a vacina é a melhor maneira para Elmo manter a si mesmo, nossos amigos, vizinhos e todos os outros saudáveis e curtindo as coisas que amam".
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Não é a primeira vez que os personagens do Vila Sésamo participam de campanha para conscientização de pais e crianças durante a pandemia. Nos últimos dois anos eles apareceram em vídeos que reforçaram a importância de lavar as mãos, de manter o distanciamento social e de usar máscara de proteção para evitar a propagação do coronavírus.
Nesta semana, os muppets se tornaram alvo de críticas depois de aparecerem no vídeo que incentiva a vacinação de crianças. O senador pelo Texas Ted Cruz compartilhou a publicação do Vila Sésamo nas redes sociais e disse que Elmo "defende agressivamente" as vacinas para crianças menores de cinco anos, mas "sem citar evidências científicas" para isso. A publicação viralizou.
A FDA afirma que os imunizantes são seguros e eficazes. A agência liberou neste mês as vacinas da Moderna e da Pfizer para as crianças de seis meses a cinco anos com doses menores do que para adultos.
Testes com a vacina da Moderna registraram taxa de eficácia de 51% na prevenção da infecção por ômicron para crianças de seis meses a dois anos e cerca de 37% eficaz para aquelas entre dois e cinco anos. Já a vacina da Pfizer apresentou taxa de eficácia na prevenção da infecção por ômicron de 75% em crianças de seis meses a dois anos, e de 82% entre dois e quatro anos.
Não foi a primeira vez que um personagem do Vila Sésamo virou alvo de críticas por aparecer em uma campanha de conscientização. No ano passado, o pássaro amarelo Garibaldo causou revolta de negacionistas após afirmar que tomou a vacina nos Estados Unidos e que se sentia mais protegido contra a Covid-19. A publicação foi feita depois que os Estados Unidos autorizaram o uso da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos.
O pássaro Garibaldo, que na história tem seis anos, foi atacado nas redes sociais. À época, Wendy Rogers, senadora pelo estado do Arizona, escreveu que o personagem era comunista por incentivar a vacinação.
Até esta quarta (29), 1.017.467 pessoas tinham morrido devido ao coronavírus nos EUA, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Trata-se do país com o maior número de óbitos registrados em razão do coronavírus no mundo. Além dos Estados Unidos, ao menos oito países já vacinam crianças abaixo de cinco anos contra a Covid usando as vacinas Soberana 02, do laboratório Sinopharm, e a Coronavac.