Relembre as músicas de Marília Mendonça lançadas após sua morte
Ambas fazem parte da lista de lançamentos póstumos da sertaneja, que vão do pagode à bachata e são tão grudentos quanto as músicas que a cantora lançou em vida.
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AgNews
Fama MARÍLIA-MENDONÇA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mesmo um ano depois de sua morte precoce num acidente aéreo, Marília Mendonça continua a ser uma das vozes mais ouvidas do Brasil. Só no primeiro semestre deste ano, duas das 50 músicas mais tocadas do país no Spotify são dela –"Te Amo Demais" e "Mal Feito".
Ambas fazem parte da lista de lançamentos póstumos da sertaneja, que vão do pagode à bachata e são tão grudentos quanto as músicas que a cantora lançou em vida.
É comum que obras póstumas soem pouco orgânicas, já que muitas vezes se tratam de canções não finalizadas e manipuladas para esconder imperfeições que, em alguns casos, são a razão de o artista não ter lançado a música em vida.
Mas a obra póstuma de Marília vai para outra direção. As músicas já faziam parte de seus planos. Estavam engavetadas, dependendo apenas de pequenos de ajustes.
Relembre a seguir a obra póstuma de Marília.
AMIGOS CON DERECHOS
Dueto com a mexicana Dulce Maria, é a música a mais significativa da lista -não pelo seu apelo musical, mas pela mensagem nas entrelinhas da composição.
A música, que é mergulhada num pop latino repleto de dramaticidade, teria sido a primeira aposta de Marília no mercado internacional.
À época do lançamento, pouco mais de um mês após a morte da cantora, a mexicana disse que Marília vinha aprendendo espanhol e que um professor a acompanhou durante a gravação, feita a distância.
Se por um lado "Amigos Con Derechos" emocionou os fãs, com um videoclipe repleto de imagens de shows da sertaneja, por outro não cativou tanto os ouvidos dos brasileiros, ficando escanteada entre os lançamentos póstumos da sertaneja.
50 POR CENTO
A música com Naiara Azevedo pode até não ter tido grande impacto de audiência, mas foi rodeada por tanta polêmica que, inevitavelmente, teve um lançamento marcante.
Isso porque Azevedo foi acusada de se autopromover a partir da morte de Marília, já que quis lançar o videoclipe -que já estava gravado- enquanto participava do Big Brother Brasil.
AMAVA NADA
Gravada num show de Lucas Lucco, é um sertanejo que flerta com o brega e traz algumas das maiores marcas de Marília, os melismas graves e sua presença de palco contagiante.
MAL FEITO
Lançada em janeiro, a parceria com a dupla Hugo e Guilherme explodiu rápido e segue como um dos maiores sucessos do ano.
Com uma letra debochada sobre traição, a canção também já contava com um clipe gravado antes da morte da cantora.
INSÔNIA
Parte do projeto "Numanice", o hit traz Marília e Ludmilla cantando um pagode melado e dançante. A voz da rainha da sofrência surge em meio à multidão de um show da funkeira, com uma letra em que o eu lírico zomba do ex que sente saudades, mas é orgulhoso.
CALCULISTA
Por trás da parceria com a dupla Dom Vittor e Gustavo, há um lado afetivo -Gustavo é irmão da cantora e iniciava, na época, a carreira musical, que abandonou após receber o diagnóstico de depressão.
Assim como "Calculista", as outras músicas póstumas de Marília já haviam sido apresentadas ao público na internet, mais especificamente na live "Serenata", feita em maio do ano passado.
DECRETOS REAIS, VOL.1
Principal obra póstuma da cantora, que chegou em julho às plataformas digitais, o EP tem um repertório que mescla sucessos tanto da sertaneja quanto de outros artistas.
Com quatro músicas, o disco tem uma pegada romântica que traz "Te Amo Demais", de Leonardo, "Te Amo Que Mais Posso Dizer" -versão em português de "More Than I Can Say", de Leo Sayer-, "Não Era Para Ser Assim", de Zezé di Camargo e Luciano, e um pot-pourri com traços de lambada que une "Sendo Assim", de Genival Santos, e "Muito Estranho", de Dalto, ao som de sax e suaves backing vocals.