Polícia de SP apura se adolescente que morreu baleada por amigo participava de roleta-russa
Segundo a Polícia Civil, essa hipótese ganhou força após não terem sido encontrados os projéteis que o autor do disparo disse ter retirado da arma.
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Brasil São Paulo
A adolescente Jennifer Rocha, de 15 anos, baleada e morta por um amigo de 16, na quinta-feira, 10, em Jardinópolis (SP), pode ter sido vítima de uma roleta-russa. O termo designa uma espécie de jogo em que os participantes colocam apenas um projétil no tambor de um revólver e os participantes apontam para suas cabeças ou de outra pessoa e puxam o gatilho.
Segundo a Polícia Civil, essa hipótese ganhou força após não terem sido encontrados os projéteis que o autor do disparo disse ter retirado da arma. Ele alegou que esvaziou o revólver calibre 38 antes de puxar o gatilho, mas só foi encontrada a cápsula deflagrada no tambor do revólver.
Os dois rapazes disseram que a arma estava guardada na casa do pai de um deles, que fazia aniversário naquele dia. O suposto proprietário, no entanto, negou a posse da arma e disse desconhecer sua origem. A arma não tinha registro.
Os dois adolescentes de 16 anos - o autor do disparo e o colega que forneceu a arma para ele - foram apreendidos e encaminhados para uma unidade da Fundação Casa. Na segunda-feira, 14, eles serão apresentados à Justiça, que definirá se permanecem internados.
Os dois respondem por ato infracional análogo a homicídio doloso, já que teriam assumido intencionalmente o risco de causar a morte da vítima.
O caso aconteceu no Residencial Ivone Rassi, na periferia de Jardinópolis. Os dois casais estavam reunidos para comemorar o aniversário de um dos adolescentes, namorado de Jennifer, quando teriam decidido fazer "uma brincadeira". O autor do disparo alega que descarregou a arma, apontou para a garota e puxou o gatilho, achando que o revólver estava sem munição.
A bala perfurou o tórax da adolescente. Com a ajuda dos pais, os garotos socorreram Jennifer e a levaram para o Pronto-Socorro Municipal. A jovem, porém já chegou sem vida.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o caso foi registrado como ato infracional de homicídio e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. As investigações prosseguem na Delegacia de Polícia de Jardinópolis.
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