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Brasileira ganha prêmio internacional por modelo que substitui animal em teste de cosmético

Segundo o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF-SE), o projeto da mestranda da Universidade Federal de Goiás (UFG) usa células-tronco de dentes humanos para desenvolver um modelo para testar a teratogenicidade (a presença de agente que pode causar malformações em bebês) de cosméticos.

Brasileira ganha prêmio internacional por modelo que substitui animal em teste de cosmético
Notícias ao Minuto Brasil

18:30 - 28/07/24 por Estadao Conteudo

Brasil COSMÉTICO

A farmacêutica brasileira Lauren Dalat de Sousa Coelho foi uma das jovens pesquisadoras agraciadas pelo Lush Prize 2024, uma honraria britânica que busca financiar iniciativas para acabar com o uso de animais em testes. Ela receberá um prêmio de £10 mil (cerca de R$69 mil).

Segundo o Conselho Regional de Farmácia de Sergipe (CRF-SE), o projeto da mestranda da Universidade Federal de Goiás (UFG) usa células-tronco de dentes humanos para desenvolver um modelo para testar a teratogenicidade (a presença de agente que pode causar malformações em bebês) de cosméticos.

"Este modelo é crucial, pois atualmente não existem métodos in vitro (que analisa a células fora do contexto do organismo) para avaliar a teratogenicidade de produtos cosméticos disponíveis no Brasil", destacou o prêmio.

A organização do prêmio destaca que, no Brasil, o uso de animais vertebrados para testes de cosméticos é proibido quando os ingredientes já possuem evidências científicas de segurança e eficácia. No entanto, é permitido quando não há métodos alternativos de testes.

"A avaliação da toxicidade reprodutiva é feita principalmente usando animais, com apenas um teste requerendo milhares de animais. Além disso, a maioria dos modelos in vitro atualmente disponíveis para estudos de toxicidade no desenvolvimento usam células animais, o que exige que os animais sejam sacrificados", destacou a organização.

Ao CRF-SE, Lauren destacou também que os testes feitos em animais nem sempre refletem com precisão as reações humanas. "Nossa pesquisa oferece um método mais realista e ético, em linha com as novas regulamentações brasileiras que incentivam métodos alternativos", disse ao conselho.

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