Polícia fecha central bancária falsa acusada de fraudar contas de idosos
Conforme a investigação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na capital paulista e em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Dois homens e uma mulher são investigados pelo crime.
© Facebook/ PCPR - Polícia Civil do Paraná
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Policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil de São Paulo, fecharam na sexta-feira, 4, uma falsa central bancária especializada em golpes contra idosos.
Conforme a investigação, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na capital paulista e em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Dois homens e uma mulher são investigados pelo crime.
"Durante o cumprimento das ordens judiciais, três pessoas foram identificadas e são investigadas pela 2ª Delegacia de Investigações sobre Estelionatos e Crimes Contra a Fé Pública da Divisão de Investigações Gerais (DIG)", disse o governo estadual. Ainda de acordo com a polícia, o material apreendido durante as buscas será analisado pelos investigadores.
Início das investigações
Segundo o governo de SP, investigações tiveram início após denúncia de uma vítima que perdeu R$ 56 mil.
A quadrilha, de acordo com os investigadores, usava a central clandestina para entrar em contato com os clientes dos bancos alertando sobre a identificação de uma fraude na conta.
"Os golpistas orientavam os idosos a buscarem ajuda no banco, porém, alertavam sobre um suposto envolvimento de funcionários da agência. Eles convenciam as vítimas a resolver o 'problema' no caixa eletrônico, efetuando a transferência do saldo para outra conta, que estava em nome dos golpistas a fim de se proteger de possíveis fraudes", explica a polícia
O caso está sendo registrado como estelionato qualificado e organização criminosa na 2ª DIG.
Idosos são as principais vítimas de golpes financeiros
Em julho deste ano, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania publicou uma cartilha listando quais são os golpes mais recorrentes contra a terceira idade. Entre eles está a falsa central de atendimento.
Para combater essa realidade, a pasta afirma que tem se esforçado cada vez mais para melhorar o atendimento pelo Disque 100, serviço nacional criado em 2019 para receber denúncias de violações de direitos humanos. Além de receber as denúncias, o serviço também orienta sobre os direitos e serviços de atendimento. Clique aqui e confira a cartilha.
Conheça os 15 tipos de golpes mais comuns contra idosos:
- Bilhete premiado: criminoso alega ter bilhete de loteria premiado e pede dinheiro para liberá-lo;
- Boleto falso: boletos falsos são enviados baseados nos interesses da vítima;
- Cartão retido: armadilha em caixas eletrônicos para capturar cartões e dados;
- Consignado: ofertas enganosas de empréstimos e cartões por telefone;
- Falso namorado: golpista finge relacionamento amoroso online para pedir dinheiro;
- Falso sequestro: chamadas simulando sequestro de familiar para extorquir dinheiro;
- Falsa central de atendimento: golpistas fingem ser de instituições financeiras para coletar dados;
- Maquininha: maquininhas de cartão são usadas para cobrar valores indevidos sem que a vítima perceba;
- Motoboy: golpistas fingem necessidade de cancelar cartão clonado e enviam falsos motoboys para coletar cartões;
- Parente com carro quebrado: criminoso pede dinheiro fingindo ser parente em apuros;
- Processo judicial: é feito por meio da falsa notificação de ganho judicial para solicitar pagamento de taxas;
- Saidinha de banco: golpistas oferecem ajuda em caixas eletrônicos para roubar dados das vítimas;
- Site falso: são criados sites de vendas falsos para enganar os consumidores;
- Troca de cartão: é feito geralmente em saída de agências bancárias, quando golpistas abordam vítimas para trocar cartões;
- WhatsApp clonado: golpistas pedem dados sob pretexto de atualização de cadastro para clonar WhatsApp.